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Governo tenta invalidar leis estaduais sobre armamento

STF já anulou 4 normas que facilitam porte de armas em Estados e municípios clique no título das colunas para ordenar por lei, local, o que diz e o que foi decidido

Publicado por Taylor David em 29/04/2024


O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já questionou no STF (Supremo Tribunal Federal) 12 leis de 8 Estados e de 1 município município que facilitam o acesso ao porte de armas para CACs (Caçadores, Atiradores e Colecionadores) e algumas profissões consideradas de risco.

A maioria (10) das ações foi apresentada pela AGU (Advocacia Geral da União) em dezembro de 2023. Em abril, o governo entrou com 2 novos pedidos para invalidar normas do Paraná e do Rio Grande do Sul.

A Corte já declarou a inconstitucionalidade de 3 leis e julga ao longo da semana que começa na 2ª feira (29.abr) uma norma municipal de Muriaé (MG), que facilita o acesso ao porte de armas para CACs por reconhecer a atividade como de risco. O relator, ministro Cristiano Zanin, votou pela inconstitucionalidade da lei. Ainda restam 10 votos. Os magistrados terão até 6 de maio para apresentarem os seus votos. A lei analisada tem o mesmo teor de duas normas do Paraná e Mato Grosso do Sul invalidadas por unanimidade pela Corte em abril de 2024. A outra lei declarada inconstitucional é do Espírito Santo e estabelece o porte de armas de fogo para vigilantes e seguranças que trabalham em empresas públicas e privadas.

LEI ESTADO O QUE DIZ O QUE FOI DECIDIDO
1.670 de 2022 RR reconhece o risco da atividade de CACs e facilita acesso ao porte de armas ainda não foi julgada
11.688 de 2022 ES concede o porte de armas de fogo aos profissionais vigilantes e seguranças que trabalham em empresas públicas e privadas Lei foi declarada inconstitucional pelo STF em 8 de abril
12.786 de 2007 RS concede o porte de arma de fogo aos funcionários do Instituto-Geral de Perícias ainda não foi julgada
18.179 de 2014 PR concede o porte de arma de fogo aos funcionários do Instituto de Criminalística e do Instituto Médico-Legal ainda não foi julgada
21.361 de 2023 PR reconhece atividade de CACs como de risco e facilta acesso ao porte de armas Lei foi declarada inconstitucional pelo STF em 3 de abril
23.049 de 2018 MG concede o porte de arma de fogo ao Agente de Segurança Socioeducativo ainda não foi julgada
5.892 de 2022 MS reconhece o risco da atividade de atirador esportivo e o facilita acesso da categoria ao porte de arma Lei foi declarada inconstitucional pelo STF em 22 de abril
6.329 de 2022 Muriaé (MG) reconhece o risco da atividade de CACs e facilita acesso ao porte de armas começou a ser julgada nesta 6ª feira (25.abr); relator é a favor da inconstitucionalidade
8.655 de 2022 AL determina regras para CACs no estado ainda não foi julgada
9.011 de 2022 SE dispõe sobre o risco da atividade de atirador esportivo e facilita acesso ao porte de armas ainda não foi julgada
art. 126, inciso 3º da Constituição do Estado, incluído pela emenda constitucional 117, de 25 de outubro de 2022 ES concede aos integrantes da Polícia Científica o direito a porte de arma de fogo ainda não foi julgada
art. 55, 2, da lei complementar 55 de 1994 ES concede aos integrantes da Defensoria Pública do Estado o direito a porte de arma ainda não foi julgada
fontes: Advocacia Geral da União e Supremo Tribunal Federal
O argumento mais apresentado pela AGU nas peças encaminhadas ao STF é o “risco à sociedade” por maior exposição às armas de fogo. O governo declara que as normas “ampliam indevidamente” o acesso às armas e cria um “fator desarrazoado”.

“É preciso ponderar o acesso a armas de fogo com valores constitucionais como os de proteção à vida, à segurança e ao meio ambiente –conforme estabelecido pela jurisprudência do próprio STF”, afirma a Advocacia Geral da União.

A AGU diz que as leis que reconhecem risco para algumas atividades tentam suprimir a competência da PF (Polícia Federal) para averiguar a necessidade do porte. Também indica falta de prerrogativa dos Estados para legislar sobre o tema diante do fato que não há uma lei federal que permite aos Estados e ao Distrito Federal a possibilidade de legislar sobre o porte de arma de fogo.
Fonte: poder360

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