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Publicado por Taylor David em 08/02/2024
Diego Hernán Dirísio, identificado pela Polícia Federal do Brasil como o principal traficante de armas da América Latina, foi detido na sexta-feira, 2 de fevereiro, em Córdoba, na Argentina. Ele está sendo investigado por suspeita de fornecer armamentos a facções brasileiras, incluindo o PCC e o Comando Vermelho.
As autoridades argentinas consultaram a Polícia Federal brasileira, que confirmou que Dirísio era um procurado de "alta sensibilidade". Em comunicado, a PF destacou que todo o trabalho investigativo e a prisão do fugitivo foram conduzidos pela polícia argentina.
De acordo com informações fornecidas pela Polícia Federal da Argentina, Dirísio estava sujeito a um mandado de captura internacional em "alerta vermelho" desde 5 de dezembro, por envolvimento em tráfico internacional de armas, lavagem de dinheiro e associação criminosa. A prisão foi realizada por agentes federais da Divisão de Investigações de Fugitivos e Extradições, com colaboração da Interpol.
A notificação para captura foi emitida pela PF brasileira em dezembro, como parte da Operação Dakovo, que visa desmantelar um esquema de tráfico internacional de armas para a América Latina, conforme relatado pelo Estadão. Além da prisão de Dirísio, os agentes argentinos também detiveram sua esposa, Julieta Nardi, uma ex-modelo paraguaia.
Dirísio é apontado como proprietário de uma empresa suspeita de traficar aproximadamente 43 mil armas, incluindo pistolas, fuzis e munições, fabricadas na Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia. Em um período de três anos, estima-se que ele movimentou cerca de R$ 1,2 bilhão.
A importadora de armas estaria sediada em Assunção, no Paraguai, e seria responsável pela coordenação das operações de compra e venda, de acordo com as investigações. O inquérito indica que Dirísio tinha conhecimento de que as armas seriam destinadas ao crime organizado.