-- Quem poupa o lobo sacrifica as ovelhas, Victor Hugo --
Publicado por Taylor David em 23/02/2024
Autoridades nos Estados Unidos indiciaram um suposto integrante da máfia japonesa por tráfico de materiais nucleares.
Segundo a acusação, Takeshi Ebisawa, de 60 anos, tentou vender urânio e plutônio que ele acreditava que seriam transferidos para o Irã para construir uma bomba nuclear.
Ebisawa e um outro réu tailandês já haviam sido indiciados em abril de 2022 por tráfico de armas e drogas.
Ele pode ser sentenciado com prisão perpétua.
Os criminosos da Yakuza atuam também fora do Japão, em países como Sri Lanka, Mianmar, Tailândia e EUA.
O Departamento de Justiça dos EUA disse que Ebisawa e seus "comparsas mostraram amostras de materiais nucleares na Tailândia" a um agente disfarçado da Agência Antidrogas dos EUA (DEA).
O agente se passava por traficante de drogas e armas com ligações a um general iraniano.
As amostras nucleares – provenientes de Mianmar – foram apreendidas pelas autoridades tailandesas e transferidas para investigadores americanos. Um laboratório dos EUA confirmou que o material continha urânio e plutônio para uso militar.
Os promotores americanos também alegam que Ebisawa tentou adquirir grandes quantidades de armas de uso militar em nome de um grupo rebelde não especificado em Mianmar.
As armas incluíam mísseis terra-ar, rifles de assalto e de precisão, metralhadoras, foguetes de vários calibres e uma variedade de equipamentos táticos.
Os promotores também dizem que ele enviou fotografias mostrando "um material rochoso escuro" com um contador Geiger, usado para medir os níveis de radiação.
Ebisawa enfrenta acusações que incluem conspiração para cometer tráfico internacional de materiais nucleares, conspiração para importação de narcóticos, conspiração para adquirir, transferir e possuir mísseis antiaéreos e lavagem de dinheiro.